Os filósofos iluministas foram
aqueles que confiaram à Razão humana o poder supremo para a conquista da
verdade ou para o desvelamento da realidade encoberta pelas aparências que se
manifestam aos sentidos. Tomaram a Razão como luz para iluminar as trevas de
nossa ignorância a respeito do universo que nos cerca. Para filósofos como
Immanuel Kant, a Razão é nosso maior suporte não só para interpretar a
realidade do mundo material mas também para nos guiar às melhores condutas no
campo da moral e da ética. Assim, Kant elaborou sua famosa Teoria do
Conhecimento em que demonstra nosso modo racional de apreensão da realidade, a
maneira como, partindo dos sentidos, chegamos à mais elaborada das formas de conteúdo do pensamento: a Ideia.
Começou por delimitar bem as fronteiras entre os fenômenos que a nós se revelam
e a realidade em si ( ou o ser das coisas), à qual, segundo ele, jamais
poderemos ter acesso. No plano da ética, o tema da liberdade foi um dos mais
importantes de sua teoria. Para Kant, liberdade é a capacidade humana de transcender
às determinações ou imposições orgânicas e sociais a que estamos sujeitos, fazendo
escolhas racionais que atendam a
interesses de longo alcance, não apenas aos imediatos. As definições da teoria kantiana influenciaram
profundamente a Ciência que passou a desenvolver métodos de pesquisa baseados
na teoria do filósofo. Kant também inspirou movimentos sociais e políticos que
marcaram o século 18, entre eles a Revolução Francesa que teve a liberdade como
uma de suas palavras de ordem e cujas consequências nos afetam até os dias de
hoje.